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Indicadores sobre pobreza: dados europeus e nacionais

Data: Mai, 31 2017
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Este documento reúne a última informação estatística a nível europeu e nacional, centrando-se nas problemáticas essenciais sobre as quais a EAPN Portugal intervém. Verifica-se uma ligeira melhoria em alguns indicadores nacionais em 2015: taxa de risco de pobreza e exclusão social, taxa de risco de pobreza, pobreza ancorada no tempo, taxa de privação material e privação material severa, taxa de intensidade laboral reduzida, taxa de desemprego e indicadores de desigualdade do rendimento. No entanto, para a população idosa a taxa de risco pobreza aumentou 1.3 pp.

Dos dados recolhidos ressalta:

Dados europeus
•    Segundo os últimos dados do Eurostat em 2015, existiam na UE28 cerca de 118.823 milhões de pessoas em situação de pobreza e de exclusão social (23.7% do total da população). Em Portugal essa percentagem foi de 26.6%.
•    São as mulheres que se encontram em maior risco de pobreza e exclusão social (24.4%), por comparação aos homens (23.0%).
•    Em 2015 (UE28), 30.9% das pessoas com idades compreendidas entre os 16 e os 24 anos encontravam-se em maior risco de pobreza ou de exclusão social, logo seguidas pelo grupo das crianças, com idades até aos 16 anos, com 26.6%e. O risco de pobreza e exclusão social para o grupo das pessoas com 55 ou mais anos foi de 20.7%.
•    Em 2015, 17.3% da população da UE28 encontrava-se em risco de pobreza; 10.6% da população com idade entre os 0-59 anos vivia em agregados onde os adultos trabalhavam menos de 20% do seu potencial de trabalho total no ano anterior (baixa intensidade de trabalho).Em 2016, 7.8%e da população da UE encontrava-se em condições de privação material severa, existindo um desagravamento face a 2015;
•    Em 2016, a taxa de emprego para a população com idades entre os 20 e os 64 anos, subiu na UE para 71%. No caso dos homens a taxa de emprego foi de 76.8% e no caso das mulheres a taxa foi de 65.3%.
•    Em Março de 2017 a taxa de desemprego para a Zona Euro (EA19) foi de 9.5%, para a UE28 foi de 8% e para Portugal de 9.8%.
•    Houve uma diminuição do desemprego jovem entre Março de 2017 e o período homólogo. Em Março de 2017 a taxa de desemprego jovem foi de 17.2% para a UE28 e de 19.4% para a zona euro e de 23.3% para Portugal. Em Portugal o desemprego jovem diminuiu 7.8 pp.
•    A taxa de trabalhadores pobres foi estimada em 9.5% em 2015 para a UE28 e para a Zona Euro.
•    Segundo o Eurostat a taxa de jovens NEET para a UE28 foi em 2015 de 11.5%, para a Zona Euro (EA19) de 11.7% e para Portugal de 10.6%. Houve uma diminuição dos jovens NEET ao nível da média europeia e para Portugal ao longo dos últimos anos.
•    Os estrangeiros, no entanto, encontram-se mais vulneráveis à pobreza ou exclusão social. Esta taxa, para a média da UE28, foi de 48% dos cidadãos estrangeiros de países terceiros, de 30% para os estrangeiros com cidadania de outros países da UE28 e de 22% para os cidadãos nacionais. Em Portugal, mais da metade dos estrangeiros de países terceiros estavam em situação de pobreza ou exclusão social (51%).
•    Em 2015, 37.2% dos estrangeiros de países terceiros estavam em risco de pobreza na UE28, comparativamente a 15.6% dos nacionais. Em Portugal, a diferença entre a taxa de risco de pobreza dos cidadãos nacionais e dos cidadãos estrangeiros de países terceiros foi de 20.6 pp (38.7% para estrangeiros de países terceiros e 18.1% para nacionais).
•    Na UE28, 19.8% dos trabalhadores estrangeiros estavam em risco de pobreza (8.7% para trabalhadores nacionais). Em Portugal, em 2015, 10.7% dos trabalhadores portugueses e 22.4% dos trabalhadores estrangeiros estavam em situação de risco de pobreza.
•    A privação material dos cidadãos que não pertencem a UE28 entre os 20-64 anos, em 2015, foi significativamente maior (17.9%) do que a dos nacionais (7.9%). Portugal é o segundo país da UE28 com maior percentagem de estrangeiros de países terceiros que vivenciam privação material severa (29.8%).
•    Durante o 4º trimestre de 2016, 207 000 requerentes de asilo solicitaram, pela primeira vez, proteção internacional nos Estados Membros da UE (menos 51% face ao período homólogo e menos 43% do que no 3º trimestre).

Dados nacionais
•    No que diz respeito aos dados do INE, em 2015, 19.0% das pessoas estavam em risco de pobreza, valor que diminuiu ligeiramente relativamente ao ano anterior.
•    Em 2015, a taxa de risco de pobreza para a população idosa foi de 18.3%, superior em 1.3 p.p. ao valor registado em 2014 (17.0%).
•    Desde 2007, as crianças apresentam-se como o grupo etário com maior vulnerabilidade à pobreza e desde 2003 que a taxa de risco de pobreza junto das crianças permanece superior a 20%. Em 2015 registou 22.4%, verificando-se uma descida relativamente a 2014 (24.8%).
•    Em 2015, 21.0% dos agregados familiares com crianças dependentes estavam em risco de pobreza, enquanto esta taxa era de 16.8% para agregados sem crianças dependentes.
•    Em 2015, em Portugal, 10.9% dos trabalhadores encontravam-se em situação de vulnerabilidade à pobreza. É importante sublinhar que, em 2015, 42% dos desempregados e 31.2% dos “outros inativos” estavam em risco de pobreza. Relativamente à população reformada, assistiu-se a um novo aumento em 2015 para 16.0% (em 2014 foi 14.4%).
•    Os resultados do INE indicam para 2015 uma taxa de intensidade de pobreza de 26.7%, tendo revelado uma descida relativamente a 2014 (29.0%).
•    Segundo dados do INE, em 2015, 20% da população com maior rendimento recebia aproximadamente 5.9 vezes o rendimento dos 20% da população com o rendimento mais baixo.
•    Em Portugal, em 2016, 19.5% da população encontrava-se em situação de privação material e 8.4% em situação de privação material severa.
•    Em 2015, 9.1% das pessoas com menos de 60 anos encontravam-se em agregados familiares com uma intensidade laboral per capita muito reduzida. Este valor diminuiu face ao ano anterior (10.9%).
•    Taxa de emprego (%) da população residente com idade entre 15 e mais anos era no 1º trimestre de 2017 de 52.6%. No conjunto da população empregada, 88.2% eram pessoas empregadas a tempo completo e 11.8% a tempo parcial.
•    Segundo o destaque do INE a taxa de desemprego do 1º trimestre de 2017 situou-se em 10,1%. O desemprego jovem situou-se nos 25.1% e o desemprego de longa duração em 6.0%.
•    No 1º trimestre de 2017 11.8% dos jovens com idades entre os 15 e os 34 anos não estavam empregados, nem a estudar, nem em formação (NEET).
•    Em Portugal, em abril de 2017, existiam 96 034 famílias e 214 220 beneficiários com processamento de rendimento social de inserção (RSI); No mesmo mês 165 075 de pessoas beneficiavam do CSI.
 


Documento disponível para download no ficheiro em anexo.

Anexos